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Oaktree prevê boom na captação de recursos no Brasil

A Oaktree Capital Management busca expandir sua atuação de crédito no Brasil, impulsionada pelo interesse crescente de investidores locais em diversificação internacional. Com um feeder fund que já alcançou R$ 1,8 bilhão, a gestora aposta em oportunidades no mercado brasileiro, mesmo sem abrir um escritório no país.

A Oaktree Capital Management busca expandir sua presença no Brasil, visando aproveitar o crescente apetite dos investidores locais por ativos externos, especialmente diante da volatilidade do mercado brasileiro.

No ano passado, o Brasil se destacou como a área de crescimento mais rápido na estratégia de crédito global da Oaktree, que administra US$ 14 bilhões. Um feeder fund direcionado a investidores brasileiros cresceu 70%, alcançando R$ 1,8 bilhão, e a base de clientes aumentou 25%, totalizando 13.000 clientes, de acordo com Bernardo Queima, CEO da Gama Investimentos.

Wayne Dahl, gestor da Oaktree, destacou que, apesar das altas taxas locais, há benefícios em diversificação para além dos mercados locais. A taxa Selic está atualmente em 13,25%, com previsão de aumento para 15% até o fim do ano.

O feeder fund pode chegar a R$ 10 bilhões em gestão nos próximos 18 meses, sem metas específicas de captação, conforme Queima. A Oaktree operará exclusivamente por meio de seu parceiro local, sem planos de abrir escritório no Brasil.

Os ativos locais se recuperaram após instabilidades no final de 2024, com preocupações relacionadas à situation fiscal do país. Além disso, os mercados emergentes enfrentam questões da política monetária do Federal Reserve e riscos políticos regionais.

Dahl indicou que a Oaktree não forneceu detalhes sobre alocações no portfólio do fundo, mas a opção de investir em mercados emergentes, incluindo o Brasil, permanece. O fundo global tem prioridade em investir em dívida corporativa de mercados desenvolvidos, embora haja uma estratégia própria para mercados emergentes.

“Nos últimos 12 a 24 meses, somos mais vendedores do que compradores em mercados emergentes”, afirmou Dahl, destacando que bons créditos estão disponíveis a spreads comparáveis aos mercados desenvolvidos.

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