Ódio de Lula pelos EUA pode torná-lo cúmplice dos crimes de Putin
Lula se prepara para encontro com Putin, mesmo após a revelação de atrocidades cometidas na Ucrânia. A visita levanta questionamentos sobre o papel do Brasil e a posição do presidente em relação aos crimes de guerra.
Volodimir Boichenko vivia em Bucha, na Ucrânia, capturada pelas forças russas em março de 2022. Após um mês, a cidade foi libertada pelo Exército ucraniano. Aliona, irmã de Volodimir, recebeu uma ligação informando que seu irmão havia sido encontrado; porém, ele foi morto pelos russos em um acampamento chamado "Radiante".
A repórter da BBC, Sarah Rainsford, que acompanhou Aliona até Bucha, ficou chocada com as atrocidades, como a tortura e execuções de civis ucranianos, comparando a brutalidade com os nazistas da Segunda Guerra Mundial. O responsável por esses crimes é o comandante russo Vladimir Putin.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja se encontrar com Putin em Moscou, não se importando em compartilhar o palco com um criminoso de guerra. O evento marca o 80º aniversário do fim da Grande Guerra Patriótica, com Putin convidando líderes de países que não existiam na época da guerra, como Guiné-Bissau e Burkina Faso.
Lula é um dos poucos líderes democraticamente eleitos a se misturar com ditadores e criminosos de guerra. A presença deles em eventos internacionais é muitas vezes justificada por interesses nacionais. No entanto, Lula opta por encontrar e cumprimentar esses líderes sem razão clara.
A ideia de Lula como um mediador entre Rússia e Ucrânia é uma ilusão; Putin não precisa da mediação de ninguém. Ele está decidido a destruir a Ucrânia, utilizando líderes do “Sul Global” para fortalecer sua narrativa de que a maior parte do mundo apoia sua invasão.
Lula e Putin compartilham um ódio em comum pelo Ocidente e pelos EUA. O presidente do Brasil reproduz argumentos do Kremlin, culpando a Ucrânia e a OTAN pelo conflito. Embora Lula se declare equidistante, sua postura favorece Putin, e a estratégia parece ser uma tentativa de se posicionar como a voz do “Sul Global”.
Ignorar a realidade da guerra na Ucrânia e colocar seu ego acima da verdade torna Lula cúmplice dos crimes de Putin. Ele ainda tem a chance de reconsiderar sua viagem, pesquisando sobre Bucha e o campo "Radiante".