Ofensiva comercial de Donald Trump ameaça chance de 'grande acordo' com a China
Aumento das tarifas de Donald Trump pode levar a um severo desacoplamento econômico entre Estados Unidos e China. Especialistas alertam que a medida pode prejudicar tanto a economia chinesa quanto os consumidores americanos.
Em meio a tensões crescentes, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um novo aumento nas tarifas sobre as exportações chinesas, que poderão chegar a 65% ou mais.
As tarifas adicionais de 34% somam-se aos 20% já impostos desde sua volta à presidência, causando preocupações com um possível desacoplamento entre as duas maiores economias do mundo.
Analisando o impacto, economistas preveem que o crescimento do PIB da China pode reduzir em 2,4 pontos percentuais em 2025, levando o país a um reequilíbrio econômico, favorecendo o consumo doméstico em detrimento do setor manufatureiro.
A intensificação da guerra comercial pode complicar negociações sobre assuntos como a venda das operações do TikTok nos EUA e tensões relacionadas a Taiwan.
O ministério do comércio da China ameaçou tomar "contramedidas resolutas" após os anúncios tarifários, visando, entre outras medidas, controle sobre exportações de terras raras.
Trump também estabeleceu tarifas ao Vietnã para impedir que empresas chinesas desviem a produção. Além disso, as tarifas podem repercutir negativamente no comércio global, afetando ainda mais a economia chinesa.
Economistas, como Fred Neumann do HSBC, sugerem que um grande estímulo econômico na China poderia ser necessário para aumentar a demanda doméstica, facilitando exportações de países como Japão, Coreia do Sul e UE, aliviando pressões competitivas.
O futuro econômico da China enfrenta desafios significativos nestes tempos de incerteza comercial, com uma rara necessidade de reequilibrar seu modelo de crescimento.