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Oferta do novo consignado privado deve ocorrer por etapas e começar só com novos empréstimos

Novo modelo de crédito consignado terá lançamento inicial restrito a novos empréstimos, visando ampliar o acesso para trabalhadores de pequenas e médias empresas. A expectativa é que a reformulação triplique o volume de crédito disponível, com um novo sistema que permitirá a comparação de taxas diretamente na Carteira de Trabalho Digital.

Lançamento do novo crédito consignado está previsto para esta quarta-feira, com foco na oferta de novos empréstimos e sem migração de modalidades mais caras.

A reformulação será oficializada por medida provisória no Palácio do Planalto e visa reverter a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que o crédito atinja cerca de R$ 120 bilhões, beneficiando principalmente empregados de pequenas e médias empresas e trabalhadores domésticos.

No novo modelo, o crédito será oferecido por uma plataforma na Carteira de Trabalho Digital, permitindo a comparação de taxas pelos usuários. Bancos poderão acessar dados do eSocial para analisar o risco das operações.

A implementação será feita em etapas:

  • Na primeira fase, o crédito só poderá ser solicitado pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, restrito a novos empréstimos.
  • Na segunda etapa, prevista para abril, contratações poderão ser feitas também pelos aplicativos dos bancos, permitindo a troca de dívidas mais caras pelo novo modelo.

Atualmente, a taxa média de juros dos empréstimos consignados no setor privado é de 40,8% ao ano, enquanto o crédito pessoal alcança 103,4%.

O empréstimo consignado permite desconto direto na folha de pagamento, reduzindo o risco de inadimplência e possibilitando juros mais baixos. Contudo, o acesso é restrito a trabalhadores de grandes empresas.

Em futuras fases, será possível a portabilidade entre instituições financeiras e a implementação de garantias como o FGTS e as verbas rescisórias.

Atualmente, o saldo do consignado privado é de R$ 39,7 bilhões, bem abaixo do consignado do INSS e do setor público. Estima-se que, com o novo formato, o saldo possa triplicar.

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