Oi começa a retirar redes de cobre de telefonia fixa para vender como sucata
A Oi inicia o desmonte de suas redes de cobre, um passo decisivo em sua recuperação judicial. A medida visa reduzir custos e otimizar operações em meio a desafios financeiros e a transição para novas tecnologias.
Oi inicia desmobilização de redes de cobre, vendendo um de seus últimos ativos para reduzir custos e gerar receita. A recuperação judicial, em sua segunda edição, levou à transformação da concessão do serviço de telefonia fixa em autorização.
A Oi planeja vender todo o cobre das redes subterrâneas para a V.tal, enquanto a rede aérea permanecerá com a operadora. O presidente Marcelo Milliet afirmou que a venda como sucata resultará em economia na manutenção.
Os detalhes financeiros permanecem incertos; Milliet não especificou os valores esperados da venda e da extração do cobre. Apesar disso, espera-se uma decisão parcial sobre a arbitragem envolvendo uma compensação da União de mais de R$ 50 bilhões deste ano.
A venda de quase 7 mil imóveis ociosos é outra fonte de receita, mas o valor ainda não foi estimado. Oi Soluções será o foco de crescimento futuro, apesar da queda no faturamento devido à migração para fibra ótica.
A Oi já vendeu operações de banda larga e TV por assinatura este ano, além do negócio de internet móvel em 2022. A companhia, contudo, mantém subsidiárias com potencial de crescimento.
Em termos financeiros, a Oi apresentou um lucro líquido de R$ 9,6 bilhões em 2024, revertendo um prejuízo de R$ 5,4 bilhões no ano anterior, devido à aprovação do plano de recuperação. A receita líquida caiu 14,2% para R$ 8,3 bilhões, e a receita da Nova Oi teve uma redução de 26%.