Oi propõe a credores flexibilizar condições de pagamento no plano de recuperação
Oi propõe mudanças no plano de recuperação judicial para buscar soluções financeiras. A operadora enfrenta dificuldades em honrar compromissos e ajusta prazos de pagamento para credores trabalhistas e fornecedores.
Oi enfrenta dificuldades para honrar compromissos do plano de recuperação judicial e propõe flexibilizações nas condições de pagamento, impactando credores trabalhistas e fornecedores.
No dia 1º, a Oi protocolou um aditivo ao plano de recuperação, aprovado em abril de 2024, pedindo tutela de urgência para suspender obrigações por 180 dias enquanto busca aprovar alterações.
O ajuste se faz necessário devido à perda de cerca de R$ 2 bilhões em caixa. O presidente, Marcelo Milliet, destacou que a venda da operação Oi Fibra não trouxe o montante esperado, resultando em um rombo orçamentário.
Além disso, a demora para encerrar a concessão de telefonia fixa atrasou cortes de custos essenciais. Milliet anunciou que o financiamento adicional de R$ 1,5 bilhão está difícil de se concretizar.
As novas propostas incluem:
- Dívidas de até R$ 9 mil em até 180 dias.
- Dívidas até 150 salários mínimos parceladas em até três anos.
- Dívidas acima desse patamar, alongadas até 2038.
A Oi também solicitou a liberação de depósitos judiciais, com metades dos recursos destinadas a credores trabalhistas e capital de giro.
Para fornecedores, a nova proposta altera o pagamento, retendo valores até R$ 600 milhões em vez de transferi-los imediatamente.
A direção fará um levantamento completo dos 7 mil imóveis da empresa, avaliados em R$ 5 bilhões, para vendas em lotes. O primeiro lote deve ir ao mercado até o começo de 2026.
As mudanças não afetam credores financeiros, que serão pagos por meio de vendas de ativos, como as ações da V.tal.
A assembleia para aprovar as mudanças deve ser convocada em até 120 dias e apenas os credores afetados poderão votar. Milliet espera que essas mudanças garantam um fluxo de pagamento compatível com a geração de caixa, prevendo lucro operacional positivo em 2024.
A Oi já passou por um desmonte, vendendo sua operação de banda larga e TV, mantendo apenas Oí Soluções e outras subsidiárias.