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Oitenta anos após Hiroshima, mundo normaliza a bomba atômica

O uso das armas nucleares permanece uma ameaça latente, mesmo após 80 anos das bombas lançadas em Hiroshima e Nagasaki. Especialistas alertam para a normalização da bomba e os riscos crescentes de um conflito nuclear entre potências armadas.

Em agosto de 1945, Robert Lewis, copiloto do avião que lançou a primeira bomba atômica sobre Hiroshima, questionou sobre o impacto do ataque, que resultou em 140 mil mortos. Três dias depois, em Nagasaki, o número potencialmente subiu para 200 mil.

Ao longo de 80 anos, a bomba atômica ganhou poder e versatilidade, porém, não foi mais utilizada em humanos. Atualmente, existem nove potências nucleares, que representam um sucesso na contenção da proliferação, mas especialistas alertam para a normalização do uso da bomba.

Donald Trump ampliou cenários de uso da bomba e retirou os EUA de tratados de controle de armas. A Rússia, sob Vladimir Putin, ameaçou com armas nucleares desde a invasão da Ucrânia e alterou sua doutrina nuclear, enquanto a China acelera sua produção, agora com 600 ogivas.

A OTAN se prepara para um potencial conflito com Moscou até 2030, e a pesquisa YouGov revela que 63% das pessoas acreditam que armas nucleares aumentam a insegurança global. O Tratado de Proibição de Armas Nucleares, ratificado por 73 países, permanece sem efeito nas nações nucleares.

A advertência do secretário-geral da ONU, António Guterres, é clara: "A humanidade está a um mal-entendido, um erro de cálculo da aniquilação nuclear".

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