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Óleo de bagaço de oliva, alternativa mais barata ao azeite, já é vendido a R$ 44,90

Consumidores discutem a discrepância de preços entre o azeite extravirgem e o óleo de bagaço de oliva nos supermercados. O fenômeno reflete a crescente busca por alternativas mais acessíveis em meio à inflação e à crise do mercado de azeite.

Óleo de bagaço de oliva gera debate nas redes sociais por seu preço semelhante ao do azeite extravirgem. Extraído dos resíduos da oliva, o óleo é tratado com solventes para consumo.

A Folha visitou quatro supermercados no Ipiranga, São Paulo, e encontrou preços para o azeite de R$ 40 a R$ 50 (500 ml), com a marca mais cara a R$ 115 (250 ml). O óleo de bagaço foi encontrado apenas uma vez a R$ 37,90 e R$ 29,90 promoções.

Segundo a instrução normativa nº 1 do Mapa, apenas produtos de azeitona são considerados azeite. O óleo de bagaço é definido como "produto obtido do bagaço do fruto da oliveira", sendo proibido o uso da palavra "azeite" para essa categoria.

A CEO do grupo Gallo, Cristiane Souza, afirmou que o óleo de bagaço é uma alternativa à inflação, apesar de já ser conhecido em outros países. O diretor da Costa d'Oro enfatizou que o produto é comercializado no Brasil desde os anos 1970 e segue os preços do azeite.

O preço do La Sansa di Oliva chegou a representar 45% do valor do extravirgem devido a crises de produção.

Nos supermercados, óleos de soja e compostos são mais baratos, com preços médios de R$ 12 e R$ 7, respectivamente. O óleo de soja é uma opção antiga no Brasil, assim como os compostos de soja.

Outros produtos semelhantes a alimentos tradicionais, como "pó para preparo de bebida sabor café" e "creme culinário", são exemplos de alternativas mais acessíveis. O programa PNFraude do Mapa revelou que o azeite foi o líder em falsificações em 2024, com milhares de litros apreendidos.

A fraude mais comum é a mistura do azeite com óleos vegetais mais baratos, mas se bem rotulado, cumpre as normas da Anvisa.

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