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Olho na bola de cristal do BC

Banco Central prevê crescimento no primeiro trimestre de 2025, mas com desaceleração prevista nos trimestres seguintes. Expectativa de inflação e crédito também mostra tendência de recuo, revelando os efeitos das altas taxas de juros.

Crescimento da economia brasileira será forte no 1º trimestre de 2025, mas começará a desacelerar logo em seguida.

De acordo com o Banco Central, a expansão esperada varia de 1% a 1,9%, dependendo dos métodos de análise. O PIB deve avançar 1,9% em 2025, abaixo da projeção anterior de 2,1%.

O governo também revisou sua estimativa de crescimento econômico de 2,5% para 2,3%.

A desaceleração se deve à redução nos componentes do PIB:

  • Consumo das famílias: de 2,4% para 1,5%
  • Investimento: de 2,9% para 2%
  • Indústria: de 2,4% para 2,2%; Indústria de transformação: de 3% para 1,5%
  • Serviços: espera-se um crescimento de 1,5%

A projeção do BC desenha uma curva de crescimento em forma de "V" invertido.

As previsões do mercado indicam uma alta de 0,6% de abril a junho e dois recuos subsequentes.

Apesar da desaceleração, a economia acumulou alta de 8,7% nos 3 primeiros anos do 3º mandato de Lula, com média anual de 2,9%.

O aperto na taxa de juros, iniciado em meados de 2024, está começando a mostrar resultados, apesar de altos custos.

Em 2025, o crédito deve avançar 7,7%, menor do que a alta anterior de 9,6%.

A inflação deve encerrar 2025 em 5,1%, caindo para 3,7% em 2026. Caso as projeções se confirmem, o presidente do BC terá que explicar o estouro da meta de inflação.

O Copom pode encerrar o ciclo de alta de juros em junho e considerar um afrouxamento no fim do ano.

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