OMS alerta para efeitos dos cortes de fundos dos Estados Unidos em áreas de conflito
Cortes na ajuda americana podem agravar crises de saúde em regiões em conflito, com a OMS alertando para o impacto devastador nas infraestruturas sanitárias. A saída dos Estados Unidos da organização compromete a resposta global a epidemias e outros desafios de saúde.
Cortes da ajuda internacional pelos EUA podem agravar a situação humanitária em áreas de conflito, alerta a OMS.
A dirigente da organização, Hanan Balkhy, destacou a tensão nos sistemas de saúde, especialmente em locais como a Faixa de Gaza, onde a maioria dos hospitais está fora de serviço devido aos combates entre Israel e Hamas.
Desde que Donald Trump assumiu, houve cortes significativos na ajuda externa, afetando programas de saúde essenciais e desmantelando a USAID, que gerenciava um orçamento de 42,8 bilhões de dólares, correspondente a 42% da ajuda humanitária global.
Os EUA também anunciaram a saída da OMS, que terá seu orçamento reduzido em 20%, comprometendo suas missões e pessoal. Desde 2024, os EUA não efetuaram seu pagamento de contribuição.
Balkhy ressaltou que a OMS é fundamental para a reabilitação dos sistemas de saúde e mobilização de equipes médicas, e alertou sobre a interrupção de diversos programas.
No Sudão, a OMS enfrenta dificuldades em meio a uma guerra civil, com surtos de malária, dengue e cólera afetando milhões. A situação implica desafios não apenas para o Sudão, mas para o mundo todo.
Além disso, a saída dos EUA da OMS prejudicará a comunicação com universidades e instituições de saúde, dificultando a troca de informações cruciais para prevenir crises sanitárias.
Balkhy concluiu que bactérias e vírus não respeitam fronteiras e são indiferentes à política, reiterando a necessidade de um esforço global conjunto.