Onda de calor na Europa causou 2.300 mortes, estimam cientistas
Estudo revela que 1.500 das mortes foram atribuídas à mudança climática, indicando um agravamento do fenômeno. O mês de junho deste ano foi o mais quente já registrado na Europa Ocidental, intensificando a preocupação com futuros eventos de calor extremo.
A onda de calor na Europa resultou em cerca de 2.300 mortes relacionadas ao calor em 12 cidades, conforme estudo publicado.
O evento extremo ocorreu entre 22 de junho e 2 de julho, com temperaturas superando 40 graus Celsius na Espanha e incêndios florestais na França.
Desse total, aproximadamente 1.500 mortes foram atribuídas à mudança climática, que aumentou a severidade da onda de calor, segundo pesquisadores do Imperial College London.
Ben Clarke, pesquisador da instituição, destacou que “a mudança climática tornou a onda de calor significativamente mais quente, tornando-a também mais perigosa”.
O estudo analisou 12 cidades, incluindo Barcelona, Madri, Londres e Milão, onde a mudança climática elevou as temperaturas em até 4 graus Celsius.
Os pesquisadores empregaram modelos epidemiológicos e dados históricos para estimar as mortes, dado que muitas não são relatadas oficialmente.
Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, junho foi o terceiro mês mais quente do mundo, e a Europa Ocidental registrou seu junho mais quente.
Samantha Burgess, do Copernicus, alertou que, em um mundo em aquecimento, ondas de calor se tornarão mais frequentes e intensas.
Além disso, uma pesquisa de 2023 indicou que até 61.000 pessoas podem ter morrido devido a ondas de calor na Europa em 2022, evidenciando a necessidade de melhores preparações para eventos climáticos extremos.