Onde estão os democratas? Sem líder, oposição a Trump está perdida e teme ‘revolução’ no partido

Crise no Partido Democrata: Após a vitória de Donald Trump em 2024, o partido enfrenta desafios com eleitores latinos, afro-americanos e da classe trabalhadora branca.

A legenda está sem uma estratégia coordenada de oposição às medidas de Trump, mesmo com a demanda por uma postura mais ativa.

Uma pesquisa da NBC News revela que apenas 27% dos eleitores veem o partido positivamente, a pior classificação desde 1990. 65% desejam uma oposição mais combativa a Trump.

Elites do partido, como Barack Obama e Joe Biden, pouco se manifestaram, enquanto figuras como Alexandria Ocasio-Cortez buscam mais espaço, desafiando líderes como Chuck Schumer.

Schumer suportou um projeto que manteria o governo aberto, mas enfrentou críticas, evidenciando divisões internas. Ocasio-Cortez considera concorrer contra Schumer em 2028.

Analistas sugerem que os democratas devem criar uma oposição semelhante ao Tea Party, que ganhou força após Barack Obama em 2008. O movimento atual dos republicanos, após 2010, busca satisfazer Trump, dificultando negociações.

Apesar de algumas vozes democratas se destacando, como Chris Murphy e Bernie Sanders, o partido carece de uma liderança unificada e uma nova mensagem.

Os republicanos aumentaram sua fatia de votos em 89% dos condados, incluindo áreas tradicionalmente democratas, e Trump conquistou novos eleitorados. A imagem de elite do Partido Democrata prejudica seu contato com eleitores.

O estrategista James Carville sugere que o partido adote uma postura mais cautelosa, aguardando que o apoio a Trump diminua, mas essa visão é criticada por outros que acreditam na necessidade de ação imediata.

A mensagem e engajamento unificado são essenciais para recuperar a confiança do eleitorado e reconstruir a imagem do partido, destacam os analistas.