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ONU alerta que oceanos estão em estado de emergência e que líderes mundiais devem reverter a situação

Conferência dos Oceanos busca acordos globais para a proteção marinha em meio a críticas à exploração desenfreada. Com a presença de líderes mundiais, o evento enfatiza a urgência de ações contra a degradação dos oceanos.

A Conferência dos Oceanos da ONU começou nesta segunda-feira (9) em Nice, França, destacando a urgência da conservação marinha.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que o fundo do mar não se torne um “faroeste” e criticou a política unilateral dos EUA.

Este evento conta com a participação de quase 60 chefes de Estado, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente argentino Javier Milei.

A ONU alerta que os oceanos estão em estado de “emergência” e discute políticas sobre mineração em águas profundas, resíduos plásticos e pesca predatória.

Guterres expressou preocupação com as recentes decisões dos EUA, que aceleraram a análise de pedidos de mineração. Ele clama por uma mudança de “exploração a curto prazo para a gestão a longo prazo”.

A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA) se reunirá em julho para discutir a regulamentação da mineração em águas profundas.

Emmanuel Macron, presidente francês, pediu uma “mobilização” para a proteção dos oceanos e defendeu uma moratória sobre a mineração até que se conheçam os impactos ambientais.

Os EUA não enviaram delegação ao evento. Lula denunciou a “ameaça do unilateralismo” no oceano e pediu ações claras da ISA.

A França almeja que a cúpula tenha o mesmo impacto que o Acordo de Paris e busca ratificações de 60 países para a adoção de um tratado que visa proteger 30% dos oceanos até 2030.

Atualmente, apenas 8,4% da superfície oceânica está protegida. Espera-se que novos compromissos para AMPs e proibições de práticas predatórias sejam anunciados durante a conferência.

O evento conta com a mobilização de 5.000 policiais e uma significativa participação de cientistas, líderes empresariais e ativistas ambientais.

Com informações da AFP

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