ONU contabiliza ao menos 613 mortes por ataques israelenses em pontos de ajuda humanitária em Gaza
ONU registra 613 mortes em locais de ajuda humanitária em Gaza, levantando preocupações sobre a segurança do plano da Fundação Humanitária de Gaza. A FHG nega incidentes e é criticada por violar regras de imparcialidade humanitária.
ONU registra 613 mortes em Gaza. O alto comissariado de direitos humanos da ONU (OHCHR) informou que as mortes ocorreram em pontos de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza (FHG) e perto de comboios humanitários.
A FHG, que recebe apoio dos EUA e Israel, utiliza empresas privadas de segurança para levar suprimentos a Gaza. A ONU considera este plano "não seguro" e uma violação de regras humanitárias.
A porta-voz Ravina Shamdasani confirmou que 509 das 613 mortes foram registradas perto de pontos de distribuição da FHG até 27 de junho. O número continua a ser investigado a partir de várias fontes, incluindo hospitais e ONGs.
A FHG afirmou ter entregue mais de 52 milhões de refeições em cinco semanas, mas nega incidentes em suas instalações. Após um bloqueio de ajuda de 11 semanas, Israel suspendeu as restrições em 19 de maio.
Eri Kaneko, porta-voz da ONU, destacou casos de saques e ataques a motoristas, solicitando que Israel, como potência ocupante, assegure a segurança e a entrada de suprimentos essenciais em Gaza.
As Forças Armadas israelenses admitiram mortes de civis palestinos em centros de distribuição, alegando ter repassado novas instruções após "lições aprendidas". Israel afirma que suas operações visam evitar que a ajuda chegue ao Hamas.
A situação em Gaza permanece crítica, com escassez de alimentos e suprimentos básicos decorrentes de uma campanha militar de quase dois anos contra o Hamas.