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ONU diz que bilionário mercado de cocaína bate novos recordes no mundo

O relatório da UNODC revela um aumento alarmante na produção e consumo de cocaína, especialmente na Colômbia, impulsionando o mercado global de drogas. A situação exige uma reavaliação das estratégias de combate ao tráfico e um foco em alternativas à população afetada.

Mercado de cocaína cresce exponencialmente, segundo o relatório da ONU para drogas (UNODC) divulgado nesta quinta-feira.

O mercado de cocaína, que movimenta bilhões de dólares, é o que mais se expande entre as drogas ilícitas. Redes de narcotraficantes ampliaram vendas em Ásia, África e Leste Europeu.

A produção da droga disparou, com a Colômbia se consolidando como principal produtora. Em 2023, 316 milhões de pessoas (6% da população mundial) usaram drogas, contra 246 milhões em 2013.

A seguir, a lista das drogas mais usadas em 2023:

  • Maconha: 244 milhões de usuários (4,6%)
  • Opioides: 61 milhões (1,2%)
  • Anfetaminas: 31 milhões (0,6%)
  • Cocaína: 25 milhões (0,5%)
  • Ecstasy: 21 milhões (0,4%)

A cocaína, proveniente da folha de coca nos Andes, teve um aumento significativo nos cultivos:

  • 2013: 100 mil hectares cultivados
  • 2023: 370 mil hectares cultivados (253 mil na Colômbia)

A produção potencial de cocaína aumentou para 3.708 toneladas, quase 34% a mais que em 2022.

A venda de drogas na Europa gerou 31 bilhões de euros em 2021, com maconha e cocaína representando 39% e 37% dessa receita, respectivamente.

O tráfico de drogas gera renda para grupos criminosos, desestabilizando instituições e sociedades.

Grupos de narcotraficantes, como os dos Balcãs, Itália, México, Equador e Brasil, são os mais ativos no comércio de cocaína.

Benjamin Lessing, especialista em governança criminal, critica a abordagem tradicional do Estado no combate aos narcotraficantes, sugerindo um foco em minimizar danos.

Ghada Waly, do UNODC, destaca a importância de investir em prevenção e combate às causas do tráfico, propondo soluções alternativas para as comunidades agrícolas. “Precisamos de uma abordagem coordenada para fortalecer a segurança e desmantelar organizações criminosas”, concluiu.

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