ONU e grupos de esquerda exigem libertação de ativista crítica a Maduro que foi presa na Venezuela
A prisão da advogada Martha Lía Grajales pelo regime de Nicolás Maduro mobiliza a ONU e grupos da esquerda latino-americana. As reações destacam a urgência de sua libertação e a condenação à repressão sofrida pelos opositores do governo.
Prisão da Advogada e Ativista
A prisão da advogada e ativista Martha Lía Grajales pelo regime de Nicolás Maduro em Caracas, no dia 8, gerou reações significativas. O alto comissário da ONU, Volker Türk, pediu a libertação imediata de Grajales, citando a necessidade de respeitar seus direitos humanos.
Grajales, que lidera a ONG SurGentes e no passado apoiou Hugo Chávez, rompeu com Maduro após a repressão durante as manifestações contra a eleição de julho de 2024, contestada por fraude. Os distúrbios resultaram em 28 mortes, cerca de 200 feridos e mais de 2.400 presos, com acusações que podem levar a penas de até 30 anos.
Ela foi presa após deixar uma manifestação em frente ao escritório da ONU, onde exigia a soltura de opositores. Agentes da Polícia Nacional Bolivariana a escoltaram para uma caminhonete não identificada.
Recentemente, Grajales participou de uma vigília, que foi violentamente dispersada por grupos parapoliciais. Seu paradeiro é incerto.
Reações inesperadas dentro da esquerda latino-americana surgiram, incluindo um pedido de libertação pela nota do grupo Mães da Praça de Maio Linha Fundadora e uma carta de Adolfo Pérez Esquivel, com apoio de ativistas. Parlamentares do Frente de Esquerda argentino também se manifestaram contra a repressão.