ONU responsabiliza Rússia por queda de avião da Malaysia Airlines em 2014
O Conselho da OACI reconhece a responsabilidade da Rússia no acidente do voo MH17, que matou 298 pessoas em 2014. Esta decisão histórica fortalece as demandas de justiça por parte da Austrália e da Holanda.
A OACI responsabiliza a Rússia pelo acidente da Malaysia Airlines em 2014, que resultou na morte de 298 passageiros e tripulantes.
Nesta segunda-feira (12), o Conselho da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) afirmou que as demandas da Austrália e da Holanda sobre o voo têm "fundamentação nos fatos e no direito".
A OACI declarou: "A Federação da Rússia não cumpriu com suas obrigações em virtude do direito aéreo internacional durante a destruição do voo Malaysia Airlines MH17 em 2014."
Esse é o primeiro julgamento sobre um litígio entre estados-membros da OACI.
O voo MH17, um Boeing 777, foi derrubado por um míssil BUK em 17 de julho de 2014, sobre o Donbass, Ucrânia. 298 pessoas a bordo, incluindo 196 holandeses, morreram.
Em novembro de 2022, um tribunal holandês condenou três homens à prisão perpétua por envolvimento no caso.
A Rússia nega qualquer responsabilidade.
O governo australiano considerou o anúncio um momento histórico e pediu que a Rússia aceite a responsabilidade e repare os danos conforme o direito internacional.
O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, reconheceu a decisão como um passo importante rumo à verdade e à justiça para as vítimas.
No ano passado, investigadores suspenderam as averiguações por falta de provas para processar mais suspeitos.