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ONU retira inspetores nucleares do Irã após nova lei local tornar seu trabalho ilegal

Retirada dos inspetores da AIEA marca um novo capítulo na tensão entre Irã e a comunidade internacional. A ausência de monitoramento levanta preocupações sobre a transparência do programa nuclear iraniano e seu potencial para violar acordos de não proliferação.

A agência de vigilância atômica da ONU retirou os últimos inspetores do Irã após o país criminalizar o monitoramento internacional em suas instalações nucleares.

Os profissionais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foram retirados de Teerã e levados para a sede da entidade, em Viena. A informação foi divulgada pela Bloomberg, via diplomata anônimo.

Esta é a primeira vez, em duas décadas, que o programa nuclear do Irã fica sem monitores, que realizariam quase 500 inspeções no país em 2024.

Antes da retirada, 274 inspetores fiscalizavam a localização de 409 quilos de urânio, quantidade próxima à necessária para a produção de uma bomba atômica. Com isso, o status do programa nuclear de Teerã torna-se desconhecido.

O Irã acusou a AIEA de colaborar com ataques de Israel às suas instalações nucleares, mas a AIEA negou. Um representante iraniano afirmou que os ataques causaram danos irreparáveis ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Embora ainda não tenha saído oficialmente do tratado, o Irã pode justificar a suspensão do monitoramento alegando violação de direitos. No direito internacional, ataques a instalações nucleares são considerados violações legais.

Esse contexto pode influenciar a paz entre Irã e Israel, especialmente após um cessar-fogo delicado iniciado em 24 de junho, após 12 dias de combates, embora ambos os lados não tenham descartado novas hostilidades.

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