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ONU se diz ‘preocupada’ com o número de detenções em protestos na Turquia

ONU expressa preocupação com detenções em massa na Turquia durante protestos. Autoridades já prenderam mais de 1.400 pessoas em resposta às manifestações desencadeadas pela prisão do prefeito de Istambul.

ONU expressa preocupação com detenções em massa na Turquia, após a prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, durante manifestações.

A porta-voz de direitos humanos da ONU, Liz Throssell, destacou que pelo menos 1.418 pessoas foram presas desde 19 de março, incluindo > 92 que foram detidas na última semana. Mais de 1.000 manifestantes foram detidos nesta semana, entre eles jornalistas.

Um tribunal ordenou a prisão de sete jornalistas turcos, incluindo Yasin Akgül, fotógrafo da AFP, acusado de cobrir protestos. O presidente da AFP pediu a libertação imediata do fotógrafo, chamando sua prisão de “inaceitável”.

A ONG Repórteres Sem Fronteiras condenou a situação como “escandalosa”. Atualmente, 979 manifestantes estão sob custódia policial, e 478 à disposição judicial.

Como resposta aos protestos, a província de Ancara estendeu a proibição de manifestações até 1º de abril, e Izmir até 29 de março. Em Istambul, a proibição já dura seis dias.

Milhares de estudantes participaram de novas manifestações em Istambul, com muitos cobrindo o rosto para evitar identificação. Özgur Özel, líder do CHP, convocou um protesto em frente à Prefeitura e fez uma visita a Imamoglu na prisão, onde estão detidos outros líderes do partido.

O Conselho da Europa também criticou o uso da força durante os protestos. A ONU reiterou sua preocupação com a repressão e o tratamento dos manifestantes.

Özel também propôs um boicote a 11 marcas pró-governo, entre elas uma conhecida rede de café. O presidente Erdogan respondeu, pedindo à oposição que “poupe” os cidadãos de provocações.

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