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Operação contra Bolsonaro 'não pode e não deve' afetar negociações de tarifaço de Trump, diz Alckmin

Alckmin reforça que a operação da PF não deve interferir nas negociações comerciais com os EUA. Ele destaca a importância da separação dos Poderes na política e nas questões tarifárias.

Operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro não deve afetar as negociações sobre o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, segundo o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin.

Trump anunciou as tarifas, que podem começar a valer em agosto, ligando-as ao processo no Supremo Tribunal Federal (STF) onde Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Alckmin ressaltou a independência dos Poderes, afirmando que não deve haver relação entre questões políticas ou jurídicas e tarifas:

  • "A separação dos Poderes é a base do Estado de Direito", lembrou o vice-presidente.

A operação da PF foi autorizada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. As medidas incluem:

  • Busca e apreensão na casa de Bolsonaro e na sede do partido PL;
  • Proibição do ex-presidente de usar redes sociais e se comunicar com outros investigados;
  • Restrição de circulação entre 19h às 6h.

A PF identificou indícios de que Bolsonaro poderia deixar o país. A Justiça acredita que ele e seu filho, Eduardo, estavam se articulando com o governo dos EUA para interferir nas investigações.

A defesa de Bolsonaro classificou as medidas como "severas", afirmando que ele sempre colaborou com a Justiça.

Alckmin falou à imprensa após reuniões com empresas afetadas pelo tarifaço, destacando que o governo Lula buscará diálogo e negociação. Ele também mencionou que os EUA têm superávit comercial com o Brasil e que o país poderá recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) após a implementação das tarifas.

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