Operação da Abin trava negociação de Itaipu, mas é considerada “caso menor”
Operação da Abin visa obter informações estratégicas durante negociações de energia, mas gera crise entre Brasil e Paraguai. Governo paraguaio suspende negociações e exige esclarecimentos sobre a espionagem.
Operação secreta da Abin provoca tensões diplomáticas entre Brasil e Paraguai após ataques hackers a sistemas do governo paraguaio durante negociações da hidrelétrica de Itaipu.
Revelada por um servidor à Polícia Federal, a ofensiva começou no governo de Jair Bolsonaro e teria o aval da gestão atual de Luiz Inácio Lula da Silva. Os ataques visaram senhas e dados de autoridades paraguaia e foram lançados a partir de servidores no Panamá e Chile.
O Paraguai convocou o embaixador brasileiro e suspendeu as negociações do Anexo C do tratado de Itaipu, classificando o ato como “violação da soberania nacional” e exigindo resposta formal do Brasil.
Especialistas consideram o incidente um “caso menor”, argumentando que investigações entre parceiros comerciais são comuns. mesmo que o Paraguai tente usar o ocorrido para ganhar vantagem nas negociações.
A Abin atuou para proteger interesses nacionais na hidrelétrica, e, conforme comunicado do governo brasileiro, a operação foi iniciada em junho de 2022 e finalizada em março de 2023.
O Paraguai ainda investiga se houve de fato invasão nos sistemas e condiciona as negociações sobre a energia de Itaipu à resolução do impasse. A relação entre os dois países, marcada pela cooperação, deve continuar, segundo analistas.