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Operação da Braskem no México tem caixa apertado e corre risco de renegociação de dívida

A Braskem Idesa enfrenta desafios financeiros significativos, com uma dívida de US$ 2 bilhões e problemas crônicos de fornecimento de etano pela Pemex. A operação da empresa pode não conseguir atingir sua plena capacidade, o que levanta preocupações sobre sua liquidez até 2029.

Braskem Idesa, subsidiária da Braskem no México, enfrenta desafios financeiros significativos. A preocupação central é a capacidade de gerar caixa para evitar a renegociação de sua dívida, com vencimentos a partir de 2029.

A dívida líquida da Idesa é de aproximadamente US$ 2 bilhões, com alavancagem de 10,21 vezes (Dívida líquida sobre Ebitda Recorrente). Em 2029, 44% dos vencimentos totalizam US$ 995 milhões.

Um dos principais problemas é o abastecimento de etano pela Pemex, a petroleira estatal mexicana. A Pemex, em reestruturação financeira, não tem cumprido os contratos, forçando a Braskem a construir um terminal marítimo para importação. Apesar disso, a dependência da Pemex persiste.

De acordo com Arturo Galindo, do BCP Securities, o maior risco da Idesa é a liquidez. Existindo possibilidade de operar a 90% ou 95% da capacidade, a empresa pode se manter até 2029, desde que o ciclo petroquímico não piore.

O problema de abastecimento foi reportado em seu balanço do segundo trimestre de 2025, com vendas de polietileno impactadas por essa baixa disponibilidade. A Braskem está considerando diversas opções para enfrentar os desafios atuais de sua estrutura de capital.

Nota: Esta notícia foi publicada no Broadcast+ em 27/08/2025, às 15:25.

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