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Operação de guerra: empresas de saneamento investem para eventos climáticos extremos

A Aegea implementa medidas emergenciais para recuperar o abastecimento de água após as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul. CEO destaca que a adaptação a eventos climáticos extremos é essencial para garantir a segurança hídrica no futuro.

Estratégia de enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul

O CEO da Aegea, Radamés Casseb, classifica a atuação da companhia como uma “operação de guerra” devido às enchentes em abril de 2024, que causaram a maior catástrofe climática do estado.

Grandes áreas foram submersas, afetando praticamente toda a infraestrutura local. Cerca de 50% dos clientes da Aegea na região foram impactados, levando à adoção de estação de tratamento móvel e novos dutos para fornecimento de água potável.

Em 20 dias, a empresa restaurou o serviço para todos os clientes, enquanto registrou R$ 500 milhões em perdas financeiras. Casseb alertou para a necessidade de planejar a “adaptação climática” das estruturas de saneamento.

A diretora da Abcon, Christianne Dias, discutiu a realidade desafiadora do setor com eventos climáticos extremos, que aumentam a necessidade de fontes alternativas e afetam a regularidade do fornecimento de água.

A escassez hídrica na região Centro-Oeste também gera preocupações, enquanto a gerente da Iguá, Natália Flecher, ressaltou a intensificação dos fenômenos climáticos e o desenvolvimento de novos protocolos para enfrentá-los.

A Iguá investiu R$ 6 milhões em um plano de resposta à estiagem no Rio de Janeiro, com ênfase em tecnologias de tratagem e automação para melhorar a produção hídrica.

As soluções em andamento incluem recuperação de mananciais, reúso de água, dessalinização, construção de reservatórios e uso de inteligência artificial para eficiência nos serviços.

Casseb finaliza afirmando que é essencial apresentar planos relativos aos eventos climáticos extremos às agências reguladoras para discussão e aprovação.

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