Operação policial de Milei desinfla manifestação uma semana após ato violento
Novo ato contra governo Milei acontece com forte presença policial e evita confrontos. A tensão anterior ao protesto foi contornada, mas críticas às ações da polícia e às medidas governamentais permanecem em pauta.
Novo protesto contra o governo de Javier Milei ocorreu em Buenos Aires em 19 de outubro, sem registros de violência devido a uma grande operação policial que isolou os manifestantes.
O ato, reciclado da marcha dos aposentados, teve menos participantes do que na edição anterior, com menor presença das torcidas organizadas e maior concentração de organizações de esquerda.
Estações de trens exibiram avisos: "A polícia vai reprimir todo atentado contra a República". O governo ofereceu recompensa de R$ 50 mil para informações sobre manifestantes violentos, com a promessa de denúncias por sedição.
A Casa Rosada e o Congresso foram cercados por grades e as manifestações foram restringidas em uma área de 15 quarteirões. Durante o protesto, manifestantes expulsaram indivíduos que agrediam policiais.
Dentro do Congresso, os deputados aprovaram um decreto para novo empréstimo com o FMI, em meio a críticas sobre protocolos de segurança do governo, alvo de organizações como Anistia e HRW.
O protesto anterior resultou em cem detenções e 45 feridos, incluindo o fotojornalista Pablo Grillo, que se recupera após cirurgia. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, isentou a polícia de culpa, enquanto organizações de direitos humanos criticaram a ação policial.
O Ministério da Segurança requereu a inabilitação de uma juíza que libertou detidos, propôs classificar torcidas como associações ilícitas e denunciou envolvidos por sedição.