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Operadora de jatos particulares dos EUA indica que manterá acordo com Embraer apesar de tarifas

Flexjet confirma intenção de manter acordo com a Embraer em meio a novas tarifas comerciais. Embraer enfrenta desafios financeiros e de produção devido às imposições de Donald Trump sobre importações brasileiras.

Flexjet, operadora de jatos particulares e importante cliente da Embraer, afirmou que manterá acordos com a fabricante brasileira, apesar da sobretaxa de 50% anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

As ações da Embraer caíram até 8% após a declaração de Trump, fechando com queda de 3,7%. Contudo, os papéis da empresa têm alta de 34% no ano.

A sobretaxa representa um novo desafio, pois o mercado aéreo dos EUA enfrenta uma desaceleração na demanda. A Flexjet, que firmou um contrato para compra de até 212 jatos avaliado em até US$ 7 bilhões, acredita que seus clientes continuarão com suas decisões, conforme declarou o presidente Kenn Ricci.

Ricci mencionou que, a curto prazo, aeronaves sob contrato estão protegidas por acordos, mas custos adicionais poderão ser repassados aos compradores.

As entregas pela Flexjet estão programadas para 2026. A Embraer está avaliando os impactos das tarifas e se pronunciará na conferência de resultados em 5 de agosto.

Atualmente, importações brasileiras para os EUA têm uma tarifa de 10%, mas a Embraer pode deduzir parte do conteúdo produzido nos EUA. Segundo analistas do Itaú BBA, 60% da receita da Embraer vem da América do Norte, com potencial impacto de US$ 150 milhões no lucro da empresa de agosto a dezembro.

Embora o Phenom 100 possa ser mais afetado pela sobretaxa, analistas da XP consideram a declaração de Trump uma alavanca de negociação, mas com preocupações sobre o impacto significativo na Embraer.

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