Opinião | A lição do primeiro líder a entender que Trump leva sua doutrina da ‘pilhagem geopolítica’ a sério
Com a saída de Trudeau, uma nova dinâmica se instaurará nas relações entre Canadá e EUA. O novo premiê terá o desafio de lidar com as ameaças de anexação e o imperialismo de Trump.
Donald Trump aliviou-se com a saída do ex-premiê canadense Justin Trudeau, o primeiro líder a perceber seus interesses. Durante a transição, Trudeau visitou Trump, preocupado com tarifas de 25% sobre produtos canadenses.
Apesar do Nafta renegociado, Trump alegou que o Canadá ainda tinha vantagens injustas e fez declarações provocativas sobre anexação do país. Trudeau, pressionado pela situação econômica, alertou que isso arruinaria o Canadá.
Em dezembro, Trudeau perdeu sua liderança, enquanto o líder da oposição, Pierre Poilievre, se tornava favorito. Trump, após assumir, reforçou a ideia de anexar o Canadá e impôs as tarifas prometidas.
Com o aumento das tensões, Trudeau expressou preocupação sobre o interesse de Trump nos recursos canadenses. Após um período de calmaria, a situação se agravou novamente, com canadenses boicotando produtos dos EUA e clima de hostilidade crescente.
Na semana do carnaval, Trudeau declarou que Trump estava visando um “colapso total da economia canadense” para facilitar a anexação, reafirmando que o Canadá nunca seria o 51º Estado.
Trudeau foi substituído por Mark Carney, que enfrentará um Trump mais agressivo. A nova dinâmica mostra que os EUA veem aliados como inimigos. O imperialismo do século 19 ressurgiu com Trump, que avança nas antigas promessas de campanha.
É o momento de líderes como Emmanuel Macron e Keir Starmer agirem de forma decisiva.