Opinião | A morte de Francisco: o futuro da Igreja entre a fé e a política
A morte do Papa Francisco levanta سؤال sobre a sucessão na liderança da Igreja Católica. O processo de escolha do novo Papa agora repousa sobre os cardeais, em meio a uma dinâmica política interna complexa e diversificada.
Morreu o Papa Francisco.
Francisco era o líder religioso mais conhecido do mundo e chefe de Estado do Vaticano, a sede da Igreja Católica Apostólica Romana, com 1,3 bilhão de seguidores. A administração do Vaticano é realizada pela Santa Sé, que mantém relações diplomáticas e governa a Igreja globalmente.
A Cúria Romana é o corpo administrativo que faz a máquina institucional funcionar. Os papas, embora monarcas absolutistas, consultam cardeais antes de decisões importantes. Os cardeais, que ocupam altos cargos na Cúria, são majoritariamente arcebispos e recebem altos salários.
Após a morte de um Papa, o Vaticano entra em Sede Vacante. O cardeal camerlengo verifica a morte e administra os assuntos temporariamente. Kevin Farrell, atualmente o camerlengo, será o homem mais importante do Vaticano até a escolha do novo Papa.
Cardeais de todo o mundo se reunirão em Congregações Gerais para definir o perfil do próximo pontífice. Embora a eleição do novo Papa não exija que ele seja cardeal ou padre, a prática tem sido de nomear cardeais desde 1378.
A participação no Conclave é restrita a cardeais com menos de 80 anos, totalizando 135 votantes, dos quais 109 foram nomeados por Francisco. O Conclave se dá em sigilo, sem campanhas formais. Existem dois grandes grupos entre os cardeais: conservadores/tradicionalistas e progressistas/reformistas.
As nomeações de Francisco favoreceram o grupo reformista, mas não necessariamente todos os cardeais não-europeus são progressistas. O Conclave utiliza cédulas secretas para votar, e a fumaça produzida indica o resultado: branca para um novo Papa, preta para a ausência de consenso.
O novo Papa será anunciado publicamente e assumirá como Bispo de Roma. A imprevisibilidade é uma característica dos conclaves, e embora rumores sobre favoritos circulem, o resultado final dependerá da fé e política.