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Opinião | A síndrome de Galípolo: a volta da inflação e o risco de um fantasma do passado que parecia vencido

A fala polêmica de Gabriel Galípolo em 2020 reflete a despreocupação com os riscos inflacionários que se concretizaram na economia. Recentemente, o presidente do Banco Central mudou de postura e tomou medidas drásticas para conter a inflação.

Em 2020, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, expressou sua falta de paciência com previsões de inflação em um cenário econômico desolador. Desde sua declaração, a inflação aumentou de 2% para 12% em 2022.

Apesar de sua análise contundente, a inflação não foi causada apenas por suas palavras, mas refletiu um desconhecimento sobre o impacto das políticas econômicas globais em um momento de baixa inflação.

A inflação em alta gerou consequências políticas: derrubou um presidente e ameaça outros.

A síndrome de Galípolo é a subestimação de perigos que pareciam superados. O risco fica à espreita, e aqueles que o ignoram podem sofrer as consequências. Um exemplo histórico é Barack Obama, que ridicularizou Mitt Romney por considerar a Rússia uma ameaça, apenas para ver o país agir de forma agressiva na próxima década.

Recentemente, no entanto, Galípolo adotou uma atitude proativa ao aumentar a taxa de juros para seu maior nível em 20 anos, demonstrando que é possível enfrentar essa síndrome.

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