Opinião | Banco Central quer PIB mais fraco antes de pausar alta dos juros; Lula e Sidônio vão deixar?
Banco Central mantém ciclo de alta da Selic e sinaliza novas elevações. Instituição aguarda sinais mais claros de desaceleração do PIB antes de reconsiderar a política monetária.
Banco Central deseja sinais claros de desaceleração do PIB antes de parar alta dos juros. A ata do Copom, divulgada em 25 de outubro, confirma nova elevação da Selic em maio, embora em “menor magnitude”.
A Ativa Corretora destaca que o cenário requer “restrição monetária maior e por mais tempo”. Isso indica que a Selic deve subir além de maio.
Expectativa do mercado é que a Selic aumente em 0,5 ponto, alcançando 14,75%, o que supera os piores momentos do governo Dilma Rousseff.
O Banco Central preocupa-se com o impacto da alta dos juros na economia, buscando controlar a inflação com o menor custo possível. O cenário inflacionário é “desafiador em diversas dimensões”, levando a nova alta em maio, após a elevação de 10,5% para 14,25%.
O BC afirma que monitorará o ritmo da atividade econômica, destacando que a inflação de serviços é crucial. Embora note sinais de moderação no crescimento, o PIB do primeiro trimestre deve ser forte devido à boa safra agrícola, mesmo com a primeira queda no consumo das famílias após 13 trimestres de alta.
A incerteza global, incluindo as políticas de Donald Trump e gastos com defesa na Europa, pode afetar as taxas de juros. No cenário interno, a incerteza fiscal impacta os preços dos ativos e as expectativas econômicas, necessitando de harmonia entre as políticas fiscal e monetária.
O Banco Central sinalizou: 1) continuará a subir os juros; 2) a alta será menor; 3) precisa de tempo para decidir os próximos passos.
A principal questão é se Lula e Sidônio permitirão a desaceleração da atividade a um ano das eleições ou adotarão novas medidas de estímulo que dificultem o trabalho do Banco Central.