Opinião | Bolsonaro perde batalha para demonstrar força, pega leve com Lula e vende ‘tour final’ contra prisão
Bolsonaro afirma que ainda há tempo para continuar lutando, enquanto mobilização em Copacabana mostra queda significativa na adesão popular. O ex-presidente destaca a importância da anistia para condenados de 8 de janeiro e critica o atual governo, mas pena por um apoio cada vez mais reduzido entre seus seguidores.
Bolsonaro realiza evento em Copacabana neste domingo, 16, prometendo “ainda dá tempo” e alertando sobre possíveis consequências de sua prisão.
O ex-presidente havia esperado reunir 1 milhão de pessoas, mas contou apenas com 18,3 mil, segundo dados do Monitor do Debate Político do Cebrap/USP. Este número é bem inferior aos atos anteriores: 45 mil em 7 de setembro e 185 mil em fevereiro.
O evento teve como focos principais a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e o “Fora Lula em 2026”, com um discurso menos agressivo contra o atual presidente. Os ataques foram direcionados principalmente a Alexandre de Moraes.
Tarcísio de Freitas e Flávio Bolsonaro foram os que se mostraram mais incisivos, discutindo a inflação de alimentos e chamando Lula de ladrão.
Silas Malafaia destacou sua oposição ao STF e fez ameaças sobre a possível prisão de Bolsonaro, criando um clima de tensão.
Bolsonaro declarou que não deixará o Brasil e se considera um “problema” para o governo, deixando no ar um pedido de apoio. Novos eventos foram convocados para abril e no Nordeste em resposta à pressão judicial crescente.
O evento reflete uma perda de capacidade de mobilização do ex-presidente, que continua a atrair apoiadores, mas em número decrescente, antecipando um futuro sombrio.