Opinião | Câmara age como sindicato de deputados em novo acordão do qual o povo só participa como pagador
Câmara Federal aprova aumento no número de parlamentares sem transparência e sem apresentar recursos necessários. Medida gera mais gastos em um cenário de crise fiscal e pode agravar a desigualdade representativa nas eleições futuras.
Câmara Federal aprova aumento no número de parlamentares sem atender aos requisitos legais.
A medida cria novos gastos de R$ 64,8 milhões e não indica receitas, impactando a população.
Foi aprovada rapidamente, na véspera da escolha de um novo papa, uma estratégia para evitar repercussão negativa.
Além dos custos diretos, haverá efeito cascata, aumentando o número de deputados estaduais e o custo das próximas eleições.
A Câmara argumenta que os custos já estão orçados, mas recursos não gastos são devolvidos à União. Assim, a nova despesa é obrigatória e sem suporte financeiro.
Senado agora deve avaliar a proposta, evitando um aumento insustentável e sem debate popular.
Essa decisão reflete a falta de transparência e o desprezo pela palavra da Justiça sobre redistribuição de vagas.
A sociedade, mais uma vez, é deixada de lado, apenas arcará com os custos das decisões políticas.