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Opinião | Confundir recuperação cíclica com crescimento sustentável da economia é um erro

Ministro da Fazenda subestima os limites do crescimento econômico sustentável, afirmando que a economia pode crescer indefinidamente a 3% ao ano. Entretanto, indicadores sugerem que a ociosidade está se esgotando, elevando a inflação e o déficit externo.

Ministro da Fazenda afirma que economia brasileira crescerá 3% ao ano de forma sustentável. Contudo, essa visão é questionada devido à falta de entendimento sobre crescimento sustentável.

Nos últimos três anos, o crescimento foi de 3,2% ao ano, mas não é sustentável sem reduzir a ociosidade da economia. O desemprego caiu de 13,5% em 2021 para 6,9% em 2024, e a utilização da capacidade instalada na indústria aumentou de 79,4% para 82,1%.

Empregar recursos ociosos é válido, mas não pode ser indefinido. O resultado é o aumento da inflação e do déficit externo.

  • Núcleo da inflação subiu de 3,5% para 4,9% entre junho de 2024 e abril de 2025.
  • Déficit externo aumentou de 1,1% do PIB para 3,2%.

O crescimento futuro depende de aumento da produtividade e investimento, ambos estagnados.

  • Produto por trabalhador caiu 0,6% por ano desde 2021.
  • Investimento cresceu menos que consumo: R$ 100 bilhões versus R$ 850 bilhões (famílias) e R$ 190 bilhões (governo).

O crescimento potencial é inferior ao que o ministro supõe, e sua política atual agrava a vulnerabilidade da economia.

Preocupa a falta de entendimento sobre esses pontos.

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