Opinião | Governo Lula é lento e analógico em uma sociedade cada vez mais ansiosa pela solução dos problemas
Governo Lula enfrenta desafios de popularidade apesar de avanços econômicos, devido à lentidão nas reações e à centralização das decisões. A falta de agilidade nas respostas a crises e a independência limitada dos ministros impactam negativamente a percepção pública.
A popularidade do governo Lula continua em baixa, apesar de medidas populares e números positivos na economia, como desemprego em queda e renda média do trabalhador melhorando.
A inflação persistente, especialmente nos alimentos, é um dos fatores apontados. No entanto, a principal questão parece ser a lentidão nas decisões do governo, que não acompanha a velocidade das redes sociais e a demanda por respostas imediatas.
A centralização excessiva das decisões e a falta de presença digital do presidente agravam o cenário. Exemplos dessa lentidão incluem a reação ao escândalo do INSS, onde o governo demorou para reconhecer a gravidade da situação, permitindo que a oposição liderasse a narrativa.
A indecisão do governo se mostra evidente em casos como os dos ministros Carlos Lupi, Nísia Trindade, Cida Gonçalves e Juscelino Filho, cujas demissões foram tardias e sem mudanças reais, resultando apenas em maquiagens ministeriais.
Além disso, a centralização impacta a articulação política, dificultando promessas e decisões ao Parlamento. A presença de Janja e do ministro Sidônio Palmeira intensifica essa situação, criando barreiras à comunicação e à agilidade nas respostas.
Enquanto isso, a sociedade continua a receber rapidamente as versões da oposição, sem a mesma agilidade do governo em se comunicar. As expectativas aumentam, mas a pompa e a pressa nas ações governamentais não se alinham.