Opinião | Governo tenta sair das cordas de crise do INSS, e sociedade pagará conta
Governo enfrenta crescente pressão após fraudes em contracheques de aposentados e busca reverter a crise com planos de ressarcimento, enquanto a oposição pede a abertura de CPI. Ministros tentam desviar a responsabilidade, mas as investigações continuam a expor falhas na gestão atual.
Governo enfrenta crise após fraudes em aposentadorias. Divergências internas e tentativas de defesa marcam a resposta oficial desde a divulgação das irregularidades que retiraram bilhões de contracheques sem autorização.
Recentemente, deputados petistas tentam vincular as fraudes ao governo Jair Bolsonaro, mas a narrativa encontra dificuldades devido ao aumento significativo das fraudes a partir de 2023, ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Na quinta-feira, 8, o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, respondeu a um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) que abordava o tema. Messias sugeriu que Ferreira questionasse o antigo ministro da Previdência sobre as investigações: “O ministério não adotou providências necessárias…”
Entre os comentários, o governo sofre críticas à própria Controladoria-Geral da União (CGU), com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmando que não houve alertas sobre as fraudes. Carvalho, também presente, assegurou que investigará profundamente as irregularidades.
A oposição pressiona pela criação de uma CPI no Congresso, mas Lula se opõe, lembrando que CPIs podem ser imprevisíveis. Atualmente, conta com o apoio de Hugo Motta e Davi Alcolumbre, ambos aliados no Senado.
Para tentar remediar a situação, o governo anunciou um plano de ressarcimento às vítimas, cujo financiamento continua indefinido. Balizando os custos, membros da equipe econômica destacam que o Tesouro Nacional poderá arcar com parte do montante, resultando em um ônus dobrado para a sociedade.