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OPINIÃO: O envelhecimento populacional é uma conquista civilizacional

O envelhecimento populacional no Brasil apresenta desafios e oportunidades para a economia. A adaptação às novas realidades demográficas poderá transformar a percepção dos idosos, promovendo sua integração e capacidade produtiva.

O envelhecimento populacional é a principal característica demográfica do século XXI, afetando especialmente o Brasil, que viverá essa transição mais rapidamente que a média global.

A inversão da pirâmide etária é um fenômeno inevitável devido à transição demográfica. No entanto, isso representa não um impasse, mas sim um desafio que pode ser transformado em oportunidades.

Nos estágios iniciais, o envelhecimento contribuiu para o crescimento econômico do Brasil, com um primeiro bônus demográfico trazendo uma força de trabalho mais qualificada entre 1970 e 2019. A expectativa de vida aumentou de 57 para 76 anos e os anos de estudo quase dobraram.

Contudo, a população jovem (0-49 anos) já começou a declinar e deve cair de 72% em 2025 para 48% em 2100. Isso indica que o primeiro bônus demográfico está se fechando, mas novas oportunidades, como o 2º bônus demográfico e o 3º bônus demográfico ou bônus prateado, podem surgir.

O 2º bônus se relaciona à maior produtividade de uma força de trabalho menor, enquanto o 3º bônus reflete o crescimento do mercado da terceira idade, que se tornará predominante nas próximas décadas (de 10% em 1970 para 52% em 2100).

O Brasil deve mudar a cultura etarista e promover uma sinergia entre sociedade e políticas públicas para explorar o potencial da economia prateada. Esta economia deve focar em capacitar os cidadãos idosos como ativos valiosos, criando um futuro mais sustentável e inclusivo.

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