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Opinião | O que Vladimir Putin tem a ensinar sobre a Arte da Negociação

Trump e Putin reforçam diálogo em busca de cessar-fogo na Ucrânia, destacando a tradição russa de negociações estratégicas. Assessores revelam que ambos saíram satisfeitos da conversa, mas o histórico de intransigência da diplomacia russa levanta dúvidas sobre a eficácia do contato.

Donald Trump e Vladimir Putin discutiram um cessar-fogo na Ucrânia durante uma ligação de duas horas.

Essa conversa ocorreu na última segunda-feira e é a segunda vez que os líderes se conectam com esse propósito. Em março, outra chamada também se dedicou ao mesmo tema.

Ambos afirmaram que o diálogo foi positivo. Trump elogiou o tom da conversa, enquanto Putin a considerou "franca e significativa".

O assessor de Putin, Yuri Ushakov, destacou que ambos se trataram pelo primeiro nome e não queriam encerrar o papo.

Histórica da diplomacia russa: Os russos costumam iniciar negociações exigindo o máximo e apresentando ultimatos, usando uma estratégia de pressão.

  • Relutância em fazer concessões antecipadas.
  • Pacientes, os russos prolongam discussões para garantir melhores termos.

No passado, essa postura resultou em acordos que se arrastaram por anos, como os tratados nucleares. A diplomacia russa é baseada em desconfiança estrutural e exploração do tempo.

Putin segue um padrão de estratégia diplomática: intervenção militar seguida de negociações em posição de força.

Seu objetivo é mais que a conquista da Ucrânia; ele busca renegociar a ordem internacional em favor da Rússia, percebendo a queda da União Soviética como uma "tragédia".

Para o Kremlin, um tratado redefine o próximo objetivo imperial, e a história revela que os russos respeitam apenas a força em negociações.

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