HOME FEEDBACK

Opinião | Os gestos são a substância do que Lula faz em Moscou e Pequim

A nova dinâmica global desafia o Brasil a manter sua neutralidade pragmática diante da rivalidade entre EUA e China. A visita de Lula a esses países levanta questões sobre até onde os laços comerciais podem comprometer os valores democráticos do Brasil.

Neutralidade pragmática se impõe a potências médias como o Brasil na nova desordem mundial. O foco deve ser, segundo a academia, evitar o conflito entre EUA e China e encontrar oportunidades estratégicas, além de ganhos imediatos.

A viagem de Lula à Rússia e China testa essa neutralidade. Embora o Brasil busque manter-se neutro, a importância da China para suas commodities pode complicar essa posição. Os chineses já veem o Brasil como um “perigo”.

A disputa entre EUA e China se concentra na supremacia tecnológica e militar, e o cerco à China por parte dos EUA é um esforço de longa data.

A relação entre China e Rússia é sólida, formando um bloco na atual guerra fria. Lula pode se inspirar em Getúlio Vargas, que teve uma postura ambígua antes da Segunda Guerra, mas acabou enviando tropas ao lado dos aliados ocidentais.

É crucial lembrar que os soldados brasileiros lutaram pela democracia. Celebrar a vitória ao lado de Putin pode desconsiderar a luta e o sacrifício de muitos.

Leia mais em estadao