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Opinião | Papa Francisco foi alvo da direita e da esquerda e negociou acordos históricos na América Latina

O papa Francisco, oriundo da Terra do Fogo, se destacou como uma voz do Sul Global, enfrentando desafios sociais e promovendo a paz em um mundo marcado por conflitos. Sua influência transcendeu fronteiras, revelando a urgência de uma Igreja mais inclusiva e atuante frente às desigualdades contemporâneas.

O mundo termina na Terra do Fogo, uma ilha inóspita no sul do continente americano. A lenda diz que seu nome vem das fogueiras dos índios tehuelches, avistadas pelos navios no século 19.

Papa Francisco, escolhido em 2013, brincou sobre sua origem: “Parece que meus irmãos cardeais foram buscar o bispo de Roma quase no fim do mundo”. Ele foi o primeiro representante do Sul Global no Vaticano.

A história da América Latina é marcada por guerras, genocídios e exploração, mas a região também sobreviveu com inteligência e engenho.

Francisco representou imigrantes, pobres e vítimas de guerras, promovendo a paz entre EUA e Cuba e ajudando nas negociações na Colômbia.

Críticos o chamaram de comunista, mas seu legado questionou tanto a direita quanto a esquerda. Francisco desafiou a Igreja a se abrir ao mundo em um momento de isolamento na Europa.

Seu ensinamento: o futuro da Igreja está nos valores de amor, bondade e perdão, essenciais em tempos de desigualdade e ódio. Que seu sucessor siga este caminho.

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