Opinião | Por que não acredito em uma única palavra do que Trump e Putin dizem sobre a Ucrânia
Análise levanta dúvidas sobre a genuinidade das negociações entre Trump e Putin em relação à Ucrânia; expert alerta para o potencial de traição dos interesses americanos. Críticas à abordagem de Trump sugerem que suas ações podem favorecer a Rússia em detrimento da soberania ucraniana.
Preocupações sobre conversas entre Trump e Putin
Desde que Donald Trump voltou ao cargo, suas tentativas de acabar com a guerra na Ucrânia geraram dúvidas. Um telefonema de 2 horas e meia entre Trump e Putin resultou na promessa de Putin de interromper ataques, mas sem aceitar o cessar-fogo proposto pelos EUA e pela Ucrânia.
Putin condicionou a paz à cessação total da assistência militar à Ucrânia, evidenciando que não busca a paz, mas sim a posse da Ucrânia. Isso levanta questões sobre a confiabilidade das intenções de Trump e Putin.
O Secretário de Estado Henry Kissinger levou meses para fazer acordos de paz em conflitos anteriores, enquanto Trump busca soluções rápidas. O autor expressa desconfiança sobre se Trump pode reencontrar a paz sem comprometer os interesses ucranianos.
Trump também deixou nossos aliados europeus de lado na negociação, contradizendo a importância da alavancagem aliada, essencial para o poderio dos EUA. Historicamente, negociadores eficazes utilizam alianças, enquanto Trump estaria se distanciando dessa estratégia.
- Trump não deixou claro quais concessões exigiria da Rússia para um acordo.
- Putin deseja um governo ucraniano semelhante ao de Belarus, em vez de uma Ucrânia independente como a Polônia.
- A questão principal permanece: o que Trump realmente almeja em sua relação com Putin?
Por fim, até que um resultado claro que proteja os interesses dos EUA e da Ucrânia seja articulado, a desconfiança em relação às palavras de Trump e Putin será intensa.