Opinião - Portabilidade de salários é um direito e não um favor
Banco Central prioriza a modernização da portabilidade de salário para promover autonomia financeira. Iniciativa busca eliminar barreiras burocráticas e garantir processos mais ágeis e transparentes para os consumidores.
Banco Central divulga agenda para 2025 com foco na portabilidade de salário.
A medida visa dar autonomia ao trabalhador e fomentar a concorrência entre instituições financeiras.
A portabilidade de salário, regulamentada desde 2006, foi atualizada em 2018, permitindo que pedidos sejam feitos diretamente à instituição que receberá o salário, eliminando etapas burocráticas.
No entanto, dados de 2023 mostram que 51% dos pedidos de portabilidade foram negados, e de janeiro a outubro de 2024, a taxa de reprovação permaneceu em quase 52%.
- O consumidor recebe resposta em até 10 dias úteis, mas a falta de um sistema padronizado gera atrasos.
- Instituições financeiras fazem uso de critérios distintos para aprovações, o que pode gerar recusas arbitrárias.
Uma pesquisa da Datafolha revelou que 70% dos entrevistados fariam a portabilidade se fosse tão simples quanto um Pix. A satisfação entre aqueles que já realizaram portabilidade é de 95%.
Henrique Lian, especialista no assunto, defende que a desburocratização é fundamental para um sistema financeiro mais justo e eficiente, onde o consumidor tenha controle pleno sobre onde receber seu salário.