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Opinião | Protesto do batom escancara estratégia de um Bolsonaro pré-condenado

Bolsonaro e apoiadores utilizam ato em São Paulo para reforçar narrativa de injustiça e fomentar mobilização contra possível condenação. A estratégia visa manter a lealdade dos seguidores e justificar ações contra o Judiciário.

Jair Bolsonaro realizou um ato em São Paulo no dia 6 de março, reunindo uma multidão e promovendo um discurso em favor da anistia aos condenados do 8 de janeiro.

O evento teve como objetivo exibir a resiliência política de Bolsonaro e preparar seus apoiadores para sua eventual condenação e prisão. Os discursos, incluindo os de Bolsonaro e sua esposa, Michelle, reforçaram a narrativa de injustiça e perseguição por parte do Judiciário.

A Primeira Turma do STF aceitou a denúncia contra Bolsonaro, aumentando a percepção de que sua condenação é iminente. A anistia proposta não resolve a situação, pois o STF pode impedi-la.

Bolsonaro e seu círculo próximo tentam manter o tema em evidência por dois motivos: justificar a ideia de uma ditadura do Judiciário e fortalecer a lealdade de seus seguidores.

O líder busca transformar sua condenação em um clamor popular, posicionando-se como vítima. Ele mencionou injustiças cometidas contra cidadãos comuns e insinuou que sua liberdade e vida estão ameaçadas.

Além disso, Bolsonaro sugeriu que a perseguição a ele é parte de uma conspiração internacional contra a direita, associando-se a outros líderes em situações semelhantes.

O protesto destacou a ideia de anistia, mas, na verdade, foi um precursor de uma futura revolta bolsonarista contra sua condenação.

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