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Opinião | Retórica assertiva contra Trump terá efeito menor sobre eleitor brasileiro do que em outros países

O Brasil adota uma postura pragmática em relação a Trump, mas a política externa não deve influenciar as eleições de 2026. O foco da população continua voltado para temas como economia e segurança pública, relegando a relação bilateral a um papel secundário.

Estratégias para lidar com Donald Trump têm sido a preocupação de diversos países, refletindo um certo nacionalismo. Contra o lema “America First”, cada nação reafirma sua identidade.

No Canadá, o tema dominou as eleições marcadas para 28 de abril. O Partido Liberal, com uma abordagem patriótica, reconquistou espaço ao se opor a Trump.

Na França, Emmanuel Macron aumentou sua popularidade ao antagonizar os EUA sobre a Ucrânia. Ele promete aumentar gastos militares, ganhando apoio em um governo dividido.

Para o Brasil, a alta probabilidade de tarifas e barreiras comerciais futuras gera preocupações. O país busca um pragmatismo nas negociações, preparando medidas retaliatórias como último recurso.

Porém, a postura pública do Brasil em relação a Trump provavelmente não afetará a popularidade de Lula ou as eleições de 2026. A política externa é geralmente irrelevante para o eleitor médio brasileiro.

A relação com os EUA não impacta diretamente questões de interesse público no Brasil. A influência de Trump sobre a opinião dos eleitores é indireta, podendo afetar a inflação ou o crescimento econômico.

Quando Lula menciona “não ter medo de cara feia”, isso não necessariamente busca recuperar popularidade. Trata-se de uma estratégia possível para negociações.

A oposição também enfrenta desafios. O patriotismo se contrasta com a agenda de Trump, que afeta negativamente brasileiros buscando uma vida melhor nos EUA. Assim, o foco segue na economia e segurança pública, com Trump sendo um figurante nesse debate.

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