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Opinião | STF faz crônica de morte anunciada ao mandar Bolsonaro e generais ao banco dos réus

Moraes utiliza recursos multimídia para embasar a denúncia contra Bolsonaro e ex-generais, destacando indícios de tentativa de golpe. A Primeira Turma do STF tende a seguir o relator, aumentando as chances de condenação futura.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, apresentou o rol de indícios sobre a tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados.

Moraes, relator do processo na Primeira Turma, endossou a denúncia do Ministério Público Federal e votou pela abertura de processo penal.

Durante a sessão, Moraes utilizou recursos multimídia e apresentou um vídeo sobre os ataques de 8 de Janeiro, que não fazia parte da denúncia, mas serviu para relembrar os eventos.

Embora a apresentação de imagens tenha causado estranhamento, Moraes argumentou que juntar peças da acusação pode incluir recursos visuais.

Além do vídeo, foram apresentadas cópias de documentos e mensagens de Whatsapp, reforçando os indícios contra Bolsonaro.

Os ministros da Turma acompanharam o voto de Moraes, sugerindo uma futura condenação do ex-presidente, que enfrenta acusações ao lado de ex-generais envolvidos no plano de rupturas.

O depoimento do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, em março de 2024, corroborou a ausência de adesão militar ao plano de golpe, exceto pelo comando da Marinha.

Os votos de Moraes e seus colegas são vistos como uma crônica de morte anunciada no campo jurídico, mas Bolsonaro ainda mantém espaço político para atos e protestos visando as eleições de 2026, apesar de sua inelegibilidade.

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