Opinião | Tarifas dos EUA contra o Brasil subirão mais, com pouca margem de negociação
Brasil se prepara para enfrentar os impactos das novas tarifas dos EUA, com setores específicos em risco. O governo Lula busca negociar estratégias para mitigar os efeitos, mas enfrenta desafios diante da postura firme de Trump.
Data: 13 de fevereiro
Ação: Presidente Donald Trump assinou um memorando para aplicação de tarifas de importação “recíprocas”, com implementação em 2 de abril.
Objetivo: Retaliar barreiras ao comércio americano, como tarifas e subsídios a produtos dos EUA.
Impacto no Brasil: Apesar de não ser o principal alvo, o País será afetado, já que apenas 12% das exportações brasileiras têm os EUA como destino.
Setores afetados:
- Indústria siderúrgica brasileira já enfrenta dificuldades.
- Provável imposição de tarifas específicas sobre etanol brasileiro.
- Risco de tarifa linear contra todos os produtos brasileiros.
Reação do governo Lula: Tentativa de negociar cotas para produtos semiacabados de aço, mas sucesso é considerado remoto.
Estratégia: Projeto de lei para permitir medidas contra práticas comerciais desleais, mas retaliação vista como último recurso.
Potencial político: Confronto com Trump pode trazer benefícios eleitorais, similar a líderes do Canadá e México.
Relação bilateral: Postura crítica de Lula pode agravar tensões, aumentando risco de sanções contra o Brasil.
Necessidade de diversificação: Aumento da importância de diversificar comércio e parcerias, focando em Europa, Oriente Médio, Ásia e América Latina, além da China.