Opinião | Trégua entre EUA e China melhora cenário político e econômico para Brasil
Trégua entre EUA e China alivia riscos econômicos para o Brasil, mas desafios internos e externas ainda persistem. A redução temporária das tarifas oferece um respiro, mas a instabilidade política e econômica continua a exigir atenção.
Trégua entre EUA e China melhora ambiente externo para o Brasil.
A suspensão parcial de tarifas por 90 dias diminui o risco de uma ruptura grave no comércio internacional, aliviando uma das principais ameaças à política econômica do governo Lula.
A política econômica do governo Trump era marcada por protecionismo e decisões erráticas, aumentando a tensão global. Apesar da desorganização em Washington, a percepção de tarifas insustentáveis forçou sua administração a recuar.
A redução temporária das tarifas não resolve o conflito, mas impede a escalada do comércio, reduzindo o risco de desabastecimento em setores estratégicos.
Internamente, Trump percebeu que sua popularidade estava em queda, levando-o a adotar propostas mais populares, como controle de preços de medicamentos e aumento de impostos sobre os mais ricos.
Para o Brasil, essa trégua melhora o cenário de curto prazo. Reduz a probabilidade de choques nos mercados globais e ajuda a evitar a fuga de capitais, dando espaço para cortes de juros antes das eleições de 2026.
No entanto, o alívio é tênue. O risco de recessão nos EUA persiste, e o cenário continua instável. Qualquer reviravolta em Washington pode reacender as tensões.
O governo Lula também enfrenta desafios internos, como o escândalo do INSS, cujas investigações podem impactar sua popularidade. A contenção da crise depende de desvinculação política e da devolução de recursos.
Em resumo, a trégua entre EUA e China é positiva, mas a cautela é necessária devido à instabilidade externa e aos desafios internos ao governo Lula.