Oposição adia pedido de instalação da CPMI do INSS
Oposição busca fortalecer apoio para a CPMI do INSS enquanto aguarda a leitura do requerimento pelo presidente do Senado. Investigação da PF revela fraudes em descontos de aposentadorias e pensões.
Oposição no Congresso adia instalação da CPMI do INSS
No dia 6 de maio de 2025, a Oposição no Congresso decidiu adiar o protocolo de instalação da CPMI do INSS, buscando mais assinaturas e pressionando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
A deputada Coronel Fernanda e a senadora Damares Alves coletaram assinaturas, totalizando 211 congressistas a favor, ultrapassando o necessário para a instalação.
Entre as 211 assinaturas, 93 são de partidos com ministros no governo Lula. Alcolumbre, que se aproxima do presidente, é cauteloso em sua decisão.
A ausência de Alcolumbre, que viajará para a Rússia e China entre 6 e 14 de maio, impede a leitura para formalizar a CPMI.
A Oposição visa investigar fraudes no INSS, resultantes da operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril. Foram cumpridos 211 mandados judiciais e 6 prisões temporárias em 14 estados.
A PF identificou irregularidades em descontos de mensalidades sobre benefícios previdenciários, com a CGU iniciando apurações em 2023. Auditorias em 29 entidades revelaram que 70% não tinham documentação completa ao INSS, e a maioria dos aposentados não autorizou os descontos.
Seis pessoas, incluindo o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foram afastadas. A repercussão levou à demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Essa reportagem foi produzida por Sabrina Fonseca sob a supervisão de Guilherme Pavarin.