Oposição anuncia fim da obstrução no Senado após dois dias de ocupação
Com a decisão de Rogério Marinho, a oposição encerra protestos no Senado e retoma diálogo político. A pauta inclui a proposta de isenção de Imposto de Renda e a análise do fim do foro privilegiado.
Fim da obstrução: O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), anunciou o término da obstrução ao plenário nesta quinta-feira, após uma ação de protesto pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desde terça-feira, parlamentares ocuparão a mesa do Senado, inclusive se acorrentaram. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, convocou uma sessão virtual para votar a isenção de Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos.
Alcolumbre afirmou: "Não aceitarei intimidações... O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento."
Diálogos e PEC sobre foro privilegiado: Marinho comentou sobre a decisão de desocupar o plenário, mencionando a abertura dos diálogos na Câmara sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o foro privilegiado. A oposição contabilizou 41 assinaturas para instaurar um impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Presidente da Câmara: Hugo Motta criticou a obstrução e mencionou que a democracia não pode ser negociada. A sessão foi marcada para votar uma Medida Provisória, mas não ocorreu.
Acordos na Câmara: Motta recebeu líderes partidários e decidiu que os parlamentares que insistissem na obstrução poderiam ter seus mandatos suspensos. Apesar da resistência, os deputados eventualmente se retiraram da mesa.
Negociações: A oposição priorizou na lista de negociações o fim do foro privilegiado e o impeachment de Moraes, enquanto buscava um meio de evitar o julgamento de Bolsonaro no STF, programado para setembro.
Tempo escasso: Apesar de possíveis acordos, líderes acreditam que não haverá tempo suficiente para alterar o julgamento do ex-presidente.