Oposição critica Moraes e Dino por voto para condenar mulher a 14 anos
Oposição reage com críticas ao voto de condenação de ministros do STF em caso de cabeleireira presa por pichação. Débora Rodrigues dos Santos pode enfrentar até 14 anos de prisão, enquanto debate sobre "justiça" e "perseguição política" ganha força.
Congressistas de oposição criticam condenação de Débora Rodrigues dos Santos por pichar frase na estátua da Justiça durante os atos de 8 de janeiro.
Na sexta-feira (21.mar.2025), os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino do STF votaram pela condenação a 14 anos de prisão. Moraes argumentou que Débora tentou “abolir o Estado Democrático de Direito”. O voto de Dino seguiu o de Moraes.
A votação do caso vai até 28 de março em sessão virtual do plenário, com quatro ministros ainda a emitirem seus pareceres.
Deputados e senadores da oposição chamaram o voto de Moraes de “desumano” e “absurdo”, criticando sua postura e a do STF. O senador Flávio Bolsonaro afirmou que “não é justiça”.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também criticou o julgamento, pedindo orações por Débora e outros “presos políticos”.
Débora foi ré pelo STF em 9 de agosto de 2024 e está presa desde 17 de março de 2023. Ela foi detida na 8ª fase da operação Lesa Pátria, investigando os atos de extremismo de 2023.
A defesa argumenta que Débora usou apenas um batom para a pichação e não há provas de que ela tenha invadido os Três Poderes. Porém, Moraes considera o crime como “multitudinário”.