Oposição desocupa Senado após 47 horas e plenário aprova isenção do IR até 2 salários
Oposição encerra ocupação no Senado após 47 horas de protesto contra prisão de Bolsonaro. Com a retomada dos trabalhos, pauta econômica deve ser priorizada, incluindo projeto de isenção do Imposto de Renda.
A oposição desocupou o plenário do Senado nesta quinta-feira (7), após mais de 47 horas de ocupação em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reabriu os trabalhos em sessão remota, com a intenção de deliberar sobre temas econômicos.
Rogério Marinho, líder do protesto, declarou: “Esperamos que a partir de agora possamos discutir e trabalhar pautas que interessam a todos.”
A decisão da oposição ocorreu após reuniões de bastidores. Alcolumbre, em nota, afirmou que o Congresso Nacional não será refém de ações que visem desestabilizá-lo.
Na quarta-feira (6), a Câmara dos Deputados também retomou seus trabalhos, após enfrentar tentativas de tumulto.
- As duas Casas estavam bloqueadas desde a terça-feira (5)
- A oposição exigia a tramitação do “pacote da paz”
As propostas incluem anistia para condenados pelo 8 de Janeiro, o fim do foro por prerrogativa de função e o impeachment de Moraes.
Com o fim da ocupação, é esperado que o Senado vote, ainda hoje, o projeto que reajusta a faixa de isenção do Imposto de Renda, garantindo isenção para salários até dois salários mínimos.
Alcolumbre reafirmou: “A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza.”