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Oposição deve obstruir projeto contra ‘adultização’ nas redes alegando censura

Parlamentares debatem regulamentação de conteúdo nas redes sociais após denúncias de exploração sexual de menores. Proposta enfrenta resistência da oposição que teme restrições à liberdade de expressão.

Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) planeja votar um projeto sobre a “adultização” de crianças ainda esta semana.

A proposta surge após denúncias do humorista Felca sobre o influenciador Hytalo Santos, relacionado à exploração sexual de menores em vídeos. O assunto gerou pressão para regras mais rígidas nas plataformas digitais.

Partidos de oposição ameaçam obstruir a votação se o texto incluir cláusulas que considerem restritivas à liberdade de expressão.

O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, declarou: “Se tiver qualquer sinal de censura, não vamos apoiar.” O líder do Novo, Marcel Van Hattem, ressaltou a importância de não usar a proposta para limitar manifestações políticas.

De autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), o texto, já aprovado no Senado, propõe:

  • Remoção imediata de conteúdos de exploração sexual infantil, sem ordem judicial;
  • Verificação de idade para barrar acesso de menores a pornografia;
  • Proibição de “caixas de recompensa” em jogos infantis;
  • Restrições à publicidade direcionada a crianças.

O projeto atualmente está na Comissão de Comunicação, sob a relatoria de Jadyel Alencar (Republicanos-PI), depois de diversos adiamentos.

A discussão ocorre em um cenário de impasse sobre o PL das Fake News, que enfrenta resistência da base bolsonarista, preocupada com a possível censura. O governo e o STF apoiam a regulação para combater notícias falsas e atos criminosos.

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